Tec Moz Noticia 21/09/2016 13H53
John McAfee tinha compromissos no Brasil. Tinha, não tem mais. O extravagante fundador da empresa de segurança que leva seu sobrenome, adquirida pela Intel em 2010, não poderá deixar os Estados Unidos para vir ao país. O motivo? Ele é suspeito e está sendo investigado por homicídio.
Os detalhes ainda são poucos, mas a informação obtida pelo Olhar Digital é a de que ele não poderá realizar sua palestra no Brasil por causa desta pendência judicial. É possível que o caso tenha a ver com o período em que ele viveu em Belize, quando fugiu do país procurado pelo governo local justamente por supostamente ter assassinado seu vizinho.
O caso aconteceu em 2013, mas voltou aos holofotes recentemente, com a publicação de um documentário. O filme "Gringo: The Dangerous Life of John McAfee" relata que ele contratou um assassino por US$ 5 mil para torturar e matar seu vizinho Greg Faull, além de sequestrar e mutilar com facas e tasers David Middleton, um homem local que havia roubado a sua casa e que viria a morrer no hospital após algum tempo com seis ferimentos com faca. Para completar, o documentário afirma que McAfee estuprou sua parceira de negócios Allison Adonizio após drogá-la.
John McAfee viria ao Brasil para realizar a palestra “The Unconventional Truth” (A Verdade Não Convencional) que trata das inseguranças e brechas da privacidade em todo o ambiente online (clientes de e-mail, redes sociais, serviços, etc).
A apresentação seria parte do evento Mind The Sec, uma conferência brasileira sobre segurança da informação que mostra tendências e discute desafios do segmento e acontece nesta semana em São Paulo. O preço da palestra é salgado: de R$ 2,5 mil a R$ 3,5 mil.
O público que reservou ingresso para a apresentação, no entanto, não ficará sem ver McAfee falar. A organização disse já ter preparado um sistema de videoconferência que permitirá que ele realize sua palestra remotamente, similar ao que Edward Snowden, exilado na Rússia, usa para fazer suas apresentações.
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